sexta-feira, 9 de setembro de 2011

"Só odeiam os que não se fazem amar..."



"Sinto muito, mas não pretendo ser um imperador. Não é esse o meu ofício.
Não pretendo governar ou conquistar quem quer que seja.
Gostaria de ajudar, se possível, judeus, gentios, negros, brancos...
Todos nós desejamos ajudar uns aos outros.
Os seres humanos são assim.
Desejamos viver para a felicidade do próximo, não para seu infortúnio.
Por que havemos de odiar e desprezar uns aos outros?
Neste mundo há espaço para todos.
A terra que é boa e rica, pode prover a todas as necessidades.
Caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém, nos extraviamos.
A cobiça envenenou a alma das pessoas...
Levantou no mundo as muralhas do ódio e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e a morte.
Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela.
A máquina que produz abundância, tem-nos deixado em penúrias.
Nossos conhecimentos fazem-nos céticos; nossa inteligência em pessoas duras e cruéis.
Pensamos em demasia e sentimos bem pouco.
Mais do que máquinas, precisamos de humanidade.
Mais do que inteligência, precisamos de afeição e doçura.
Sem essas feições a vida será de violência e tudo será perdido.
A aviação e o rádio aproximam-nos muito mais.
A própria natureza dessas coisas é um apelo eloqüente à bondade da pessoa humana, um apelo à fraternidade universal, à união de todos nós.
Neste mesmo instante minha voz chega a milhões de pessoas por este mundo afora.
Milhões de desesperados, homens e mulheres, criancinhas, vítimas de um sistemas que tortura seres humanos e encarcera inocentes.
Aos que me podem ouvir, eu digo: "Não se desesperem!"
A desgraça que tem caído sobre nós não é mais produto da cobiça em agonia, da amargura de pessoas que temem o avanço do processo humano.
As pessoas que odeiam desaparecerão.
Os ditadores sucumbirão e o poder que do povo foi roubado há de retornar ao povo.
E assim, enquanto morrem pessoas, a liberdade nunca perecerá.
Companheiros, não vos entregueis a seres humanos brutais que vos desprezam, que vos escravizam, que arregimentam as vossas vidas, que ditam os vossos atos, as vossas idéias, os vossos sentimentos!
Que vos fazem marchar no mesmo passo, que vos submetem a uma alimentação regrada, que vos tratam como um gado humano, que vos utilizam como carne para canhão!
Não sois máquinas! Pessoas é que sois!
E, com amor da humanidade em vossas almas!
Não odieis!
Só odeiam os que não se fazem amar, os inumanos.
Companheiros, não batalheis pela escravidão! Lutai pela liberdade!
No décimo sétimo capítulo de São Lucas está escrito que o Reino de Deus está dentro de vós todos! Vós, o povo, tendes o poder - o poder de criar máquinas.
O poder de criar felicidade!
Vós, o povo, tendes o poder de tornar esta vida livre e bela... e fazê-la uma aventura maravilhosa.
Portanto, em nome da democracia, usemos deste poder, unamo-nos todos nós. Lutemos por um mundo novo... um mundo bom, que a todos assegure o ensejo de trabalho, que dê fruto à mocidade e segurança à velhice.
É pela promessa de tais coisas que desalmados têm subido ao poder.
Mas, só mistificam! Não cumprem o que prometem.
Jamais o cumprirão!
Os ditadores liberam-se, porém, escravizam o povo.
Lutemos agora para libertar o mundo, abater as fronteiras nacionais, dar fim à ganância, ao ódio e à prepotência.
Lutemos por um mundo de razão, um mundo em que a ciência e o progresso conduzam à aventura de todos nós.
Em nome da democracia, unamo-nos.
Hannah, estás me ouvindo?
Onde te encontres, levanta os olhos!
Vês, Hannah?
O sol vai rompendo as nuvens que se dispersam!
Estamos saindo das trevas para a luz!
Vamos entrando num mundo novo.
Um mundo melhor, em que as pessoas estarão acima da cobiça, do ódio e da brutalidade.
Ergue os olhos, Hannah!
A alma das pessoas ganhou asas e afinal começa a voar.
Voar para o arco-íris, para a luz da esperança.
Ergue os olhos Hannah!
Ergue os olhos!"

Charles Chaplin
Extraído do filme O Grande Ditador


Nick* Fabrini

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

O Amor Antigo



O amor antigo vive de si mesmo,
não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige nem pede. Nada espera,
mas do destino vão nega a sentença.

O amor antigo tem raízes fundas,
feitas de sofrimento e de beleza.
Por aquelas mergulha no infinito,
e por estas suplanta a natureza.


Se em toda parte o tempo desmorona
aquilo que foi grande e deslumbrante,
o amor antigo, porém nunca fenece
e a cada dia surge mais amante

Mais ardente, mais pobre de esperança.
Mais triste? Não. Ele venceu a dor,

e resplandece no seu canto obscuro,

tanto mais velho quanto mais amor.

CARLOS DRUMMOND ANDRADE



Nick* Fabrini

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Voltando...

"Ó homens superiores,
Que vos parece?

Sou um adivinho?
Um decifrador de sonhos?
Um sino de meia-noite?
Uma gota de orvalho?
Um vapor e perfume de eternidade?

Não ouvis?
Não sentis o aroma?
Meu mundo acaba de se comsumar,
meia-noite é também meio-dia...

A dor é também prazer,
a maldição também benção,
a noite é também um sol.

-Ide e aprendei:
Um sábio também é eu parvo."


Voltando com o blog...
Descobri que não posso deixar aquilo que me mantem viva e me faz pulsar!


Nick* Fabrini



quinta-feira, 24 de março de 2011

Quantas vidas cabem na minha vida?



Será que só eu sou assim?
Vivendo sempre um dia, esperando pelo próximo.
Uma certa inquietude dentro de mim me faz ser assim: sempre dando um passo pensando no outro mais a frente. Nunca achando que está no lugar certo, na hora certa, querendo que o amanhã chegue depressa.
Como se estivesse sempre com uma mala pronta e prestes a partir. Pensando em todos os lugares e pessoas que precisa conhecer, os sabores e sensações que ainda não provou, querendo viver milhões de vidas numa só.

E o tempo vai brincando comigo, passando rápido e ao mesmo tempo tão parado, eterno e fugaz.
O que será que tem de tão bom nesse futuro que eu nem faço ideia mas espero como uma criança espera a hora de brincar?

Não sei se eu poderia der de outro jeito, não me lembro de um tempo que eu não fosse assim. As esperas mudam, não são as mesmas do passado, mas estão sempre me rondando.

E pensando sobre isso chego a uma dúvida crucial: o que será de mim o dia em que elas acabarem?

Isso só esperando pra ver...


Nick* Fabrini

sexta-feira, 4 de março de 2011

Tanto riso, oh quanta alegria!



A mesma máscara negra
Que esconde o teu rosto
Eu quero matar a saudade
Vou beijar-te agora
Não me leve a mal
Hoje é carnaval...

Música: Máscara Negra


Nick* Fabrini

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Como chegar até as nuvens...


"Se o mundo é mesmo parecido com o que vejo
Prefiro acreditar no mundo do meu jeito
E você estava esperando voar
Mas como chegar até as nuvens com os pés no chão?
O que sinto muitas vezes faz sentido
E outras vezes não descubro o motivo
Que me explica porque é que eu não consigo
Ver sentido no que sinto, o que procuro
O que desejo e o que faz parte do meu mundo."


Nick* Fabrini

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Eu nunca vou deixá-lo ir...




Baby, tanto a aprender
Meu colo alimenta você e a mim
Deixa eu mimar você, adorar você
Agora, só agora

Porque um dia eu sei
Vou ter que deixá-lo ir

Sabe, serei seu lar se quiser
Sem pressa, do jeito que tem que ser
O que mais posso fazer
Só te olhar dormir

Agora, só agora
Correndo pelo campo
Antes de deixá-lo ir

Muda a estação
Necessários são
Você a florescer
Calmamente, lindamente

Mesmo quando eu não mais estiver
Lembre que me ouviu dizer
O quanto me importei
E o que eu senti

Agora, só agora
Talvez você perceba
Que eu nunca vou deixá-lo ir


Música: Só agora - Pitty




Com você eu aprendi que nem mesmo a maior das dores consegue superar a grandeza do amor, que sorrisos são capazes de iluminar vidas inteiras, que a felicidade está nos momentos mais simples, que abraços são abrigos, que anjos existem, que cumplicidade se encontra em um olhar e que para um grande amor sempre há um recomeço.

Meu pequeno, meu rio de luz...EU NUNCA VOU DEIXÁ-LO IR.

A Tia Ni te ama infinitamente!

Feliz 3 anos!


Tia Ni*


terça-feira, 25 de janeiro de 2011

O Tempo





"O tempo é muito lento para os que esperam
Muito rápido para os que tem medo
Muito longo para os que lamentam
Muito curto para os que festejam
Mas, para os que amam, o tempo é eterno."
Willian Shakespeare


Por enquanto, eu espero...


Nick* Fabrini