terça-feira, 13 de outubro de 2009

A Poesia




Ternura
Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor
seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentando
Pela graça indizível
dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçurados que aceitam melancolicamente.
E posso te dizerque o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas
nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavrasdos véus da alma...
É um sossego, uma unção,
um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieta,
muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite
encontrem sem fatalidade
o olhar estático da aurora.
Vinícius de Morais




Não consigo entender como tem gente que não gosta de poesia. Acho que a maioria dessas pessosas não gosta porque não consegue sentir, não foi treinada pra isso. Falta a reflexão, o sentimento genuíno ausente em uma época em que já se tem tudo pronto e mastigado, entregue de bandeja, em que se tem preguiça de pensar, tudo é automático demais.
Quem se contenta com isso, paciência. Eu gosto mesmo é de sentir todo o sabor até o fim, sendo ele bom ou não!
Poesia é mais que entedimento, é beleza. Esteja ela na dor ou no amor, na felicidade ou na desesperança, na emoção ou na razão. É o sentimento exposto em palavras, trasmitido de pessoa pra pessoa, despertando diferentes sensações em cada um que lê ou escuta.
É isso que faz com que poesia não tenha fim, e que os poetas que as criam sejam verdadeiros imortais!
Nick* Fabrini